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domingo, 16 de agosto de 2020

JERUSALÉM na Época do Novo Testamento - Lu Anjos


Jerusalém é mencionada com frequencia nos quatro evangelhos e no livro de Atos dos Apóstolos.

A cidade também aparece em Romanos, I Coríntios, Gálatas, Hebreus e Apocalipse. O nome JERUSALÉM vem do Antigo Testamento, assim como a expressão CIDADE SANTA usada em Mt 4.5; 27.53.


Localização e ambiente. 

Na época do Novo Testamento, Jerusalém era a maior cidade da Palestina e uma das maiores da Síria. Tinha uma população de mais ou menos 20 mil pessoas no primeiro século, dentro das muralhas e mais umas 10 mil do lado de fora (naquela época as cidades eram rodeadas por muros).

A cidade devia seu tamanho e prosperidade ao templo judaico e não a proximidade de uma rota comercial, riqueza de recursos naturais ou produtividade agrícola.

O templo com seus milhares de trabalhadores, sacrifícios de centenas de animais por dia, contribuição de todos os judeus com os impostos do templo e suas multidões de visitantes, era a instituição que dava Jerusalém a sua prosperidade (Mt 17. 24-27; Lc 2.41; At 8.27).

A Cidade cujas muralhas cercavam uma área de mais ou menos 1.500 m de comprimento por 800 m de largura, estava localizada na extremidade de um promontório que tinha um vale de cada lado. 

O vale de Hinom que circundava a cidade pelo sul e pelo Oeste (Js18.16) e o Vale do Cedro que ficava no leste (Jo18.1). Neste ficava a fonte de Giom que o rei Ezequias canalizou por um túnel (II Cr 32.30) até o tanque de siloé (Jo 9.7) para completar o suprimento de água da chuva guardada em tanques e cisternas .


Principais edifícios e lugares.

A casa do Sumo Sacerdote ficava na parte sudoeste da cidade (Jo 18.15) o Palácio de pilatos era a residência luxuosa de Herodes, o Grande no canto Noroeste da Cidade Alta ou a residência mais antiga do Rei asmoneu a Nordeste (Jo 18.28). Herodes transformara esta última em uma fortaleza chamada Antônia. Foi para esse lugar que Paulo foi levado quando preso em Jerusalém (Atos 22.23-29).

O lugar da crucificação era fora dos Muros da Cidade para o norte (Mc 15.20; Hb 13.12), assim como túmulo da Rocha onde Jesus foi sepultado (Jo 19.41-42).

No Monte das Oliveiras, que ficava do outro lado do Vale do cedron em frente ao lado leste do templo, Jesus ensinava às vezes (Mc13.3), ali ficava o jardim do Getsêmani (Mt 26.30-36) e dali Jesus subiu ao céu (At 1. 9-12).


O templo.

O templo ficava no canto Nordeste da cidade, em frente ao Monte das Oliveiras. área do templo, que tinha cerca de 300 m de largura e 500 de comprimento, era toda cercada com muro com os portões principais do lado do Sul.

Do lado interno do Muro havia uma área coberta sustentada por três fileiras de grande colunas de mármore nos lados Norte, Leste Oeste e quatro fileiras no sul. O lado leste era conhecido como Pórtico de Salomão (Jo 10.23; At 3.11; 5.12). Todas as áreas demarcadas pelas colunas davam para a grande área aberta, pavimentada com pedras de várias colorações conhecida como pátio dos Gentios. Ali se vendiam animais e se trocava dinheiro.

Abrindo caminho pela area dos gentios em direção à Edifício do templo propriamente dito, passava-se por um muro de pedras não muito alto (Ef 2.14). Essa mureta servia de limite para o gentios, pois apenas os judeus podiam passar por suas entradas (At 21. 27-29).

O Edifício do templo também estava cercado por uma mureta, com uma grande abertura no lado leste chamada porta formosa (At 3.2). A área entre as duas muretas era chamada Pátio das mulheres. Esse era o espaço do tempo destinado as ofertas (Mc 12.41).

Apenas israelitas homens podiam avançar para a próxima área, junto ao edifício em si. A Área imediatamente em frente ao Edifício era aberta somente para os sacerdotes. A fachada do prédio tinha mais ou menos 50 m de largura por 60 de altura.

O templo propriamente dito tinha duas salas principais. Primeiro havia o lugar santo onde estavam o Candelabro de sete braços e o altar do incenso (Hb 9.26; Êx 30.6) e onde apenas os sacerdotes escolhidos por sorteio podiam entrar (Lc 1.9). Na sala interior chamada Santo dos Santos apenas o sumo sacerdote podia entrar e somente uma vez por ano durante a cerimônia da expiacao.


 Jerusalém na simbologia Cristã.

O autor dos hebreus usou imagens tiradas do templo e de seu ritual para explicar o que Jesus realizou: Ele entrou no santo dos santos para obter a nossa redenção (Hb 9.11-14) e dá a todos os cristãos O Privilégio espiritual antes restrito aos sumos sacerdotes (Hb 10.19-22) no ritual judaico.

Fonte: Manual Bíblico Vida Nova.


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